OITO
ESTADOS ENTRARÃO EM PROGRAMA ANTICRACK
Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
Cardozo não indicou estados, mas disse que Rio
assinará acordo em breve.
Ministro da Justiça se reuniu com 22 secretários
estaduais de segurança.
O ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (31) que o governo federal pretende
incluir oito estados brasileiros no programa de combate ao uso do crack,
“Crack, é possível vencer”, ainda no primeiro semestre deste ano. Cardozo preferiu
não identificar quais estados estão com a negociação mais avançada. O Rio de
Janeiro é o único em que o pacto já foi firmado, mas a assinatura, que
ocorreria na semana passada, foi adiada devido ao desabamento dos três prédios
no centro da capital fluminense. Uma nova data será marcada em breve, de acordo
com o ministro.
O ministro se reuniu com 22 secretários de
segurança pública e outros quatro representantes (estados do Rio Grande do
Norte, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo) na sede do Ministério da Justiça
desde as 10h desta terça-feira. A reunião seguirá durante toda esta terça,
informou a assessoria. O único estado que não está representado é Roraima. “Houve
uma excelente aceitação do plano e acredito que rapidamente vamos pactuar com
os estados já nas ações que são muito importantes. Nós não estamos informando
as datas até que se concluam as discussões com os estados. Estamos com
discussões técnicas concluídas em três estados, mas a ideia é que no primeiro
semestre consigamos cobrir oito Estados”, informou.
Além de Cardozo e dos
secretários de segurança, participa da reunião o ministro interino da Saúde,
Mozart Sales. Alexandre Padilha acompanha a comitiva presidencial que está com
Dilma em Cuba. O programa “Crack, é possível vencer” foi lançado pela
presidente Dilma Rousseff em dezembro. Trata-se de um conjunto de ações
integradas para o combate ao crack que terão orçamento de R$ 4 bilhões do
governo federal. O programa possui três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
Na reunião desta terça, Cardozo
discute com os secretários o eixo da autoridade, que abrange repressão ao
tráfico de drogas e combate ao crime organizado. O governo federal visa
construir parcerias com os estados a fim de intensificar as ações de
inteligência e investigação para identificar e prender traficantes de drogas,
assim como desarticular organizações que atuam no comércio de substâncias
ilícitas.
Para isso, o programa prevê maior integração das
ações de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias
estaduais. A intenção é realizar policiamento ostensivo nos pontos de uso de
drogas em cidades de todo o país, além de projetos de revitalização desses
locais.
Internação
Cardozo afirmou que a internação de usuários
seguirá estritamente o que determina a Constituição Federal. “Nos casos em que
a pessoa não puder discernir, não tiver consciência daquilo que é factível e
nos casos de comprometimento da vida. São casos em que o médico, analisando a
situação, pode determinar a internação involuntária”, disse.
“Em outros casos em que pode haver uma determinação
judicial, ou seja, o plano seguirá estritamente a lei, respeitando direitos,
evitando abusos e numa estrita consonância de ações”, afirmou o ministro.
Fonte: Clínica Alamedas
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