2 de fev. de 2012

OITO ESTADOS ENTRARÃO EM PROGRAMA ANTICRACK

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
Cardozo não indicou estados, mas disse que Rio assinará acordo em breve.

Ministro da Justiça se reuniu com 22 secretários estaduais de segurança.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (31) que o governo federal pretende incluir oito estados brasileiros no programa de combate ao uso do crack, “Crack, é possível vencer”, ainda no primeiro semestre deste ano. Cardozo preferiu não identificar quais estados estão com a negociação mais avançada. O Rio de Janeiro é o único em que o pacto já foi firmado, mas a assinatura, que ocorreria na semana passada, foi adiada devido ao desabamento dos três prédios no centro da capital fluminense. Uma nova data será marcada em breve, de acordo com o ministro.
O ministro se reuniu com 22 secretários de segurança pública e outros quatro representantes (estados do Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo) na sede do Ministério da Justiça desde as 10h desta terça-feira. A reunião seguirá durante toda esta terça, informou a assessoria. O único estado que não está representado é Roraima. “Houve uma excelente aceitação do plano e acredito que rapidamente vamos pactuar com os estados já nas ações que são muito importantes. Nós não estamos informando as datas até que se concluam as discussões com os estados. Estamos com discussões técnicas concluídas em três estados, mas a ideia é que no primeiro semestre consigamos cobrir oito Estados”, informou.
Além de Cardozo e dos secretários de segurança, participa da reunião o ministro interino da Saúde, Mozart Sales. Alexandre Padilha acompanha a comitiva presidencial que está com Dilma em Cuba. O programa “Crack, é possível vencer” foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro. Trata-se de um conjunto de ações integradas para o combate ao crack que terão orçamento de R$ 4 bilhões do governo federal. O programa possui três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
Na reunião desta terça, Cardozo discute com os secretários o eixo da autoridade, que abrange repressão ao tráfico de drogas e combate ao crime organizado. O governo federal visa construir parcerias com os estados a fim de intensificar as ações de inteligência e investigação para identificar e prender traficantes de drogas, assim como desarticular organizações que atuam no comércio de substâncias ilícitas.
Para isso, o programa prevê maior integração das ações de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais. A intenção é realizar policiamento ostensivo nos pontos de uso de drogas em cidades de todo o país, além de projetos de revitalização desses locais.
Internação
Cardozo afirmou que a internação de usuários seguirá estritamente o que determina a Constituição Federal. “Nos casos em que a pessoa não puder discernir, não tiver consciência daquilo que é factível e nos casos de comprometimento da vida. São casos em que o médico, analisando a situação, pode determinar a internação involuntária”, disse.
“Em outros casos em que pode haver uma determinação judicial, ou seja, o plano seguirá estritamente a lei, respeitando direitos, evitando abusos e numa estrita consonância de ações”, afirmou o ministro.
Fonte: Clínica Alamedas

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