by Clínica Alamedas
Arquivos sigilosos do governo brasileiro revelam
que, há mais de 20 anos, analistas já chamavam a atenção para os efeitos
devastadores do entorpecente que se tornou epidemia
Edson Luiz
Correio brasiliense
Um dos principais problemas enfrentados hoje pela sociedade
já representava um perigo há 25 anos, como alertou o serviço secreto do
governo. Documentos confidenciais da então Secretaria de Assuntos Estratégicos
(SAE) avaliavam, em 1987, que poderia haver a disseminação de uma droga de alto
poder destrutivo: o crack. Apesar dos avisos, somente a partir dos anos 2000,
que o governo brasileiro voltou os olhos para a droga, que já é considerada uma
epidemia, reconhecida pelo Ministério da Saúde. No entendimento do governo, a
droga avançou mais rápido do que as ações de combate e saiu de controle.
Segundo estimativas de especialistas, o número de usuários no Brasil está entre
600 mil e 2 milhões. A aprovação da Lei de Acesso à Informação revelou grandes
volumes de análises oficiais fazendo referências à pedra da morte.
Os primeiros relatos sobre a droga nos documentos
do governo aconteceram em 1987, quando os serviços de informações analisavam a
situação do país, na época considerado internacionalmente como fornecedor de
insumos químicos para o refino dacocaína. O alerta observa que em Porto Velho,
Rondônia, havia também outra droga que poderia ser ainda mais perigosa do que o
crack — a mescla, que na verdade é a pedra da morte em seu estado pastoso. Mas,
quatro anos depois, o assunto voltou a circular na esfera do serviço secreto,
especialmente a SAE, que substituiu o temido Serviço Nacional de Informações
(SNI), criado durante a ditadura militar.
Oi, muito bom teu blog. Sobre o governo saber, sobre o crack, isto é claro...Eu tenho, em minha opinião, que isto, é bem mais que simples ações de governo. O governo, são pessoas, e pessoas, são falíveis. Cocaína, heroína, Crokodil, Crack, Oxi, Merla, Ketalar-5, Skank, MMA, etc etc etc...vinho, há 2000 mil anos atrás. O que mudou ? Nada. A busca insana e ao mesmo tempo, natural, do ser humano pela "felicidade" no exterior, essencialmente, é que cria as situações de busca por estas substâncias. Eu, creio em Deus, e no oposto dele. Então, este oposto, por sua vez, cria, por meio das fraquezas humanas traduzidas em ações, (ganancia, violencia, desejo, etc) as opções, que são, as substâncias (claro que não é tão simples a explicação). O governo saber do perigo da droga, é uma coisa. Mas, as ações que seriam necessárias para minimizar, não evitar (é inevitável), não foram, tomadas porque demandariam "mecher" em muita coisa, com muitas pessoas, e muito dinheiro, que seria canalizado e diluído, sem trazer "retorno", aos mesmos homens que estavam no poder na época. Em uma sociedade, onde se engrandece a luta armada, onde um ex-ministro da justiça, diz em público que maconha não faz mal (por coincidência foi em POA), ora, a luta armada foi o que ?, roubos e sequestros, em nome da liberdade. Pois bem, nada, nenhum crime justifica-se, para fazer o bem, quando existem outras opções. Portanto, matar seria justificável, quando fosse para salvar sua própria vida ou a de outro...e por aí em diante, nunca quando há opções. Não estou condenando, os militantes, mas acho um absurdo, colocar como algo "legal", "justificável", o que fizeram. Quando sefala em DQ, e sociedade, há avanços no que diz respeito a mudança de opiniões, justiça terapêutica, visão dos juízes, dos médicos, e do governo, e sou prova viva disto. Mas são lentos. O pensamento muda a passos lentos, as ações, são lentas, e os efeitos destas ações positivas, devido ao grande "estrago" já causado pelo crack por exemplo e a falta de estrutura para "receber" este flagelo, surtirão efeito somente dentro de um espaço de tempo enormemente grande. Cultura, educação, raízes culturais...muita coisa envolve a mudança, e uma mudança plena. Grande abraço, Emerson
ResponderExcluir