Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A liberação da venda e
o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante a Copa do Mundo
e a Copa das Confederações não serão mais permitidos. A decisão foi tomada hoje
na reunião dos líderes da base governista com o líder do governo na Câmara,
deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e com o relator da Lei da Copa, deputado
Vicente Cândido (PT-SP).
Agora, caberá ao relator retirar
do texto da Lei Geral da Copa, em análise na Câmara dos Deputados, o artigo que
libera a venda e consumo de bebidas nos estádios durante os eventos esportivos.
Cândido disse que diante da decisão vai retirar o artigo do seu substitutivo a
ser votado no plenário da Câmara, na próxima semana.
“Estamos entendendo que o governo
não tem compromisso com esse artigo, não tem compromisso com a [Federação
Internacional de Futebol] Fifa em relação à venda de bebidas nos estádios. Cabe
a nós retirar do texto o dispositivo. Eu acho que fui induzido ao erro nesse
item. Nesse caso, como é posição do governo e já havia várias rejeições, a base
está achando melhor não encaminhar isso a voto”, disse Vicente Cândido.
O relator declarou ainda que na
sua avaliação houve mudança de posição do governo, pois a orientação que vinha
recebendo durante a elaboração do seu parecer era no sentido de liberar a venda
de bebidas alcoólicas durante os dois eventos esportivos. “Estamos entendendo
que houve mudança de posição do governo, a orientação anterior foi com a
concordância do governo”.
Ao explicar a mudança de posição
em relação à venda de bebidas nos estádios, o líder Arlindo Chinaglia disse que
as lideranças entendiam que havia um acordo entre o Brasil e a Fifa para a
liberação da venda de bebidas. “Havia dúvidas por parte de muitos líderes se o
Brasil havia assumido um compromisso, ao trazer a Copa para o nosso país, que
automaticamente haveria a autorização de venda de bebidas alcoólicas no
estádios, até porque tem uma lei que proíbe. Hoje, ficou claro que o governo
não assumiu esse compromisso”.
Chinaglia declarou ainda que a
partir da constatação de que não havia o compromisso de liberação da venda de
bebidas, fez um levantamento entre os líderes da base governista, e que
praticamente, por unanimidade, eles se posicionaram contra a liberação da venda
de bebidas. “A partir desta situação, no mérito todos os partidos se
posicionaram contra a liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas”.
Edição: Aécio Amado
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