PAULA FURLAN
Um grupo de pesquisadores da
Booth School of Business, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos,
conduziram um experimento envolvendo 205 pessoas em Wurtzburg, na Alemanha,
sobre o poder viciante das redes sociais. Os participantes foram pesquisados
através de smartphones durante uma semana, sete vezes por dia. Eles deveriam
responder se sentiram o desejo de usar as redes sociais nos últimos 30 minutos
e se haviam sucumbido a esse desejo ou não. Cada desejo foi avaliado em uma
escala que ia de "leve" a "irresistível". Os resultados
serão publicados no jornal Psychological Science, porém, dados preliminares,
recebidos pelo jornal The Guardian, sugerem que os maiores índices de falhas de
autocontrole foram vinculados aos serviços de redes sociais online.
No Brasil, 85,1% das pessoas
utilizam seu tempo on-line para administrar perfis nas redes sociais. 97% dos
usuários de internet possuem contas nas redes e a média de tempo que internauta
brasileiro gasta nos sites é 41 horas, segundo estudo da E.life. No Brasil,
usuários passam 41 horas usando redes sociais por semana. Imagem | Scott Bartlett
/ Shutterstock.com. Em 2009, 49,1% dos internautas consultados tinham perfis no
Facebook. Na apuração referente a 2010, esse número saltou para 91,3%. Seguindo
o mesmo critério, o Twitter cresceu de 76,2% para 89,1%. Destaque também para o
Linkedin, rede com fins profissionais, que possuía 21,8% das menções em 2009 e
alcançou 47,5% em 2010. O crescimento do Linkedin é atribuído ao lançamento de
sua versão em português.
Wihelm Hofmann, líder do grupo
que conduziu o estudo alemão, diz que, "a vida moderna é uma confusão de
desejos marcados pelo freqüente conflito e resistência, este último com sucesso
desigual". Hofmann sugere que um dos motivos para que as pessoas falhem
tanto em resistir às redes sociais é por que não há nenhuma desvantagem imediata
causada por serviços como esses. No entanto, ele avisa que essas redes podem
tomar um tempo enorme do usuário.
Conheça
alguns sintomas de uso insalubre das redes e tire a dúvida, será você também um
adicto?
Sentir-se perdido ao esquecer o
iPhone em casa, principalmente por não poder atualizar e acompanhar as
novidades de seu Facebook e Twitter. Verificar sua conta do Facebook mais de 20
vezes por dia ou mesmo ficar conectado 24 horas por dia. Desesperar-se por não
receber comentários no último post de seu blog em menos de 12 horas. Recusar-se
a passar um final de semana longe do computador. Ter mais ícones de redes
sociais em seu celular do que aplicações de produtividade Comprar um iPad -
mesmo que tenha que superar a fila de espera de qualquer lançamento - para
atualizar seu Facebook em uma tela maior do que a do celular Ter mais amigos
virtuais do que reais Twittar a partir do celular enquanto estiver andando. Conectar-se
ao Facebook antes mesmo de escovar os dentes todas as manhãs. Conferir as
últimas atualizações no Facebook e no Twitter da cama antes de dormir.
O pesquisador ainda alerta que
sites como Twitter e Facebook são mais difíceis de resistir pelo fato de serem
tão acessíveis e também por que ao usá-las, temos a sensação de que não ‘custa
nada’ se comprometer com essas atividades, "com o cigarro e o álcool há
mais custos – em longo prazo e monetários – e a oportunidade nem sempre é a
mais correta. Então, mesmo que o uso de redes sociais tenha consequências
menores, o uso frequente pode ‘roubar’ muito tempo do usuário". Conclui.
* Fonte: Universia Brasil
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