Com a reforma
psiquiátrica, os hospitais que atendiam estes pacientes foram fechados
gradativamente. No lugar deles foram criados outros sistemas com
atendimento mais humano JMNews.com.br
Desde a criação da lei em 2001, que estabeleceu a reforma psiquiátrica no
Brasil e extinguiu gradativamente com os hospitais psiquiátricos, gestores
públicos não sabem o que fazer com os inúmeros doentes mentais que acabaram
ocupando as ruas das cidades. Com a reforma mais de 19 mil leitos
psiquiátricos foram extintos no Brasil. Pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), deveria ter no país um leito de psiquiatria para cada mil
habitantes. No Paraná deveriam existir 7,1 mil leitos para atender esta
meta.
Em Ponta Grossa, dezenas deles perambulam pelas praças, pelo Calçadão da
Coronel Cláudio, ou nas periferias da cidade. Quando não trabalham como
flanelinha, pedem dinheiro, e fazem uso de entorpecentes. Dias atrás, no
Parque Ambiental, uma mulher que perambula pela cidade, fez as necessidades
ali mesmo debaixo de algumas árvores, durante o dia, mesmo com a intensa
circulação de pessoas. O secretário municipal de Assistência Social,
Edilson Baggio, disse que esta é uma das questões que mais preocupam, já
que não tem onde interná-los para um tratamento mais adequado. “Depois que o
governo fechou os hospitais psiquiátricos, ficamos sem saber o que fazer
com estas pessoas”, diz Baggio.
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