Saúde em
Pauta
Comportamento tem sido observado principalmente
entre os jovens.
O famoso happy hour com os
colegas de trabalho, a comemoração do aniversário de um amigo ou mesmo uma
festa em família são ocasiões perfeitas para um brinde aos finais de semana.
Assim, um drink leva ao outro, a quantidade de bebida é maior a cada copo e, em
muitos casos, a embriaguez é a conseqüência mais comum. O que muitos não sabem
é que essa conduta pode ser tão ou mais perigosa à saúde se comparada à
ingestão alcoólica diária.
O cérebro é um dos órgãos mais
afetados, visto que o consumo em excesso, especialmente de bebidas destiladas,
provoca lesões agudas na região, o famoso "blackout", além de
funcionar como agente precursor de futuros danos à memória, segundo o Dr.
Carlos Salgado, psiquiatra, especialista em dependência química pela Unifesp e
conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas,
Abead. "O popular "esquenta" antes de uma balada, por exemplo,
tem marcado o estilo de beber dos jovens, não apenas no Brasil".
Esse panorama gera também uma
maior incidência nos casos de relações sexuais sem o uso do preservativo, via
de disseminação das Doenças Sexualmente Transmissíveis, DST´s, gravidez
indesejada, acidentes automobilísticos, além da contribuição para as
ocorrências de violência, alteração de humor e atitudes impulsivas. Beber uma
grande quantidade apenas aos finais de semana implica também em complicações
não somente no cérebro, mas em diversas partes do corpo, em especial no trato
digestivo e no sistema nervoso periférico.
O administrador Vitor Grisius,
24 anos, é um exemplo do típico confraternizador dos finais de semana. O jovem
explica que se sente mais relaxado e aquela cervejinha na sexta-feira, por
exemplo, indica a chegada dos dias de folga. "O estresse que eu passo no
meu trabalho é aliviado quando eu faço happy hour com os colegas. A tensão
desaparece e fico despreocupado. É como se fosse uma pausa dos problemas",
diz. Contudo, segundo o psicólogo, é aí que mora o perigo. "Mesmo que o
sujeito beba apenas em um dia, a quantidade pode ser alta e esse episódio denota
uma intoxicação em menor tempo, resultando em um quadro de dependência mais
rápido", revela.
Tabaco e
álcool
Durante os momentos de laser,
muitos fazem uso do álcool associado ao tabaco e, em grande parte desses casos,
a junção dessas substâncias é a porta de entrada para o consumo de drogas
ilícitas como a maconha. O convidado da semana do programa Saúde em Pauta
Online, Dr. Wagner Abril Souto, psicólogo e coordenador do Centro de Referência
em Álcool, Tabaco e Outras Drogas, Cratod, explica que a dependência alcoólica
ocorre quando o indivíduo já é adulto, mas o jovem que excede o consumo é
chamado de abusador e este morre muito cedo e lidera as estatísticas de
acidentes, por exemplo. "Em uma balada, a ingestão de seis drinks já torna
o sujeito um abusador", alerta.
Alerta para
os pais
A família, muitas vezes, não
sabe como proceder nessas situações. O ideal é o que os pais conversem com os
filhos, orientando-os e explicando que, da mesma forma que alguns jovens bebem
abusivamente, outros não fazem uso dessas substâncias e é esse argumento que
pode salvar os adolescentes de tornar-se um futuro alcoólatra. O Dr. Carlos
Salgado dá algumas dicas que podem minimizar os riscos do excesso:
- Nunca beba antes dos 18 anos;
- Se beber, não o faça sem comer.
- Intercale o álcool com refrigerante ou água;
- Se existe um caso de dependência na família, não
dê início ao hábito; existem grandes chances de você também tornar-se
alcoólatra.
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