ABEAD – Opinião
“Ontem, 26 de junho foi” o Dia Internacional contra
o Abuso de Drogas e o Tráfico de Ilícitos. Criado pela Organização das Nações
Unidas (ONU), a data marca um dia para reflexão do impacto causado por esse mal
à sociedade, principalmente aos jovens.
Não é um dia para se comemorar, mas sim para
refletir sobre as ações que estão sendo tomadas para que o problema, que em
muitos casos se tornou uma epidemia em diversas cidades brasileiras – vide o
crack e o oxi -, seja minimizado.
O UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas
e Crime) é a área responsável pela campanha mundial que está sendo encampada
pela ONU. Tendo como tema "Ação Mundial por Comunidades Saudáveis Sem
Drogas", a campanha pretende mobilizar a população para atuar de forma
integrada na construção de uma resposta ao problema.
Hoje a UNODC divulgou o Relatório Mundial sobre
Drogas e o resultado apresentado não é nada animador: Ele mostra que
aproximadamente 230 milhões de pessoas — 5% da população mundial adulta (entre
15 e 64 anos) — consumiram drogas pelo menos uma vez em 2010. Desse número de
pessoas, 27 milhões são considerados usuários problemáticos – aqueles que
possuem dependência ou distúrbios relacionados às drogas.
Outro dado alarmante do relatório aponta que aproximadamente
uma em cada 100 mortes entre adultos é atribuída ao uso de drogas ilícitas.
Embora a ONU destaque que houve uma queda na
produção de cocaína em todo o mundo, no Brasil houve um aumento no consumo da
droga. Além disso, o relatório destaca que a produção e consumo de drogas
sintéticas, como as anfetaminas, também teve crescimento.
Isso mostra que há muito trabalho pela frente e que
é preciso unir forças para essa batalha, que não é fácil, mas que deve ser
enfrentada com a contribuição de especialistas, educadores, pais e a
mobilização de toda a população.
Joaquim Melo e Sabrina Pressman
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