Jornal
O Estado de S. Paulo
Metade
da população de homens adultos do país fuma; Ásia é maior consumidora de
cigarros.
Associated
Press
CINGAPURA
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) exigiu nesta terça-feira, 20, que a
China amplie as medidas de controle do tabaco no país, onde metade da população
de homens adultos fuma. A diretora-geral do organismo, Margaret Chan, aconselhou
Pequim e outros governos asiáticos a aumentar os impostos cobrados sobre
cigarros e a banir propagandas e patrocínios de fabricantes de produtos que têm
como base o tabaco.
A China baniu o fumo durante a Olimpíada de
Pequim, em 2008, e a World Expo de Xangai, 2010. Margaret, porém, disse que
outras medidas devem ser tomadas para desestimular o hábito de fumar.
"Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Muito trabalho ainda deve ser
feito na China. As lideranças entendem que precisam tomar mais atitudes e
obtiveram condições para isso nos últimos anos", completou.
Os 350 milhões de fumantes na China
correspondem a cerca de 35% do 1 bilhão de fumantes em todo o mundo. Ainda
segundo a diretora-geral da OMS, mais pessoas morrem por causa do fumo todo ano
do que devido à aids, à tuberculose e à malária juntas. As declarações foram
dadas durante o Fórum Mundial do Controle do Tabaco.
De acordo com a Fundação Mundial do Pulmão,
os chineses consomem cerca de 2,3 trilhões de cigarros por ano. Os russos são
os próximos na lista dos países que mais fumam, com 390 bilhões de cigarros
consumidos ao ano. Nos Estados Unidos, são 315 bilhões. Mas somente a Ásia
responde por 58% do consumo global de produtos do tabaco.
Margaret citou a Austrália e a Cingapura como
exemplos a serem seguidos na região - a legislação antitabaco do segundo país é
considerada uma das mais estritas do mundo e as autoridades já disseram que o
objetivo é banir o fumo em todos os lugares públicos, exceto em áreas
especialmente designadas para o consumo de cigarros.
O índice de fumantes entre os asiáticos são
os maiores do mundo. Nas Filipinas, cerca de 47% dos homens adultos fumam
regularmente. Na Coreia do Sul, são 49%, e na Indonésia, 57%.
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